Angola fechou 2018 com uma inflação anual de 18,6%, seis décimas acima da última previsão do Governo (18%), conforme dados revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.
Os números foram avançados pelo INE, em conferência de imprensa, em Luanda, e já incorporam os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de dezembro, que foi de 1,41%, acima dos 1,31% de novembro
Joana Pedro, técnica do Departamento de Estatísticas Financeiras do INE angolano, indicou nesta conferência de imprensa que, em dezembro de 2018, a maior taxa de inflação nas províncias registou-se no Bengo (2,2%) e a menor no Huambo (1,14%).
Assim, a inflação no acumulado de 12 meses passou de 18,04%, em outubro e 18,36%, em novembro, para os 18,6% finais (em dezembro), e afastando-se dos 18% previstos pelo Governo angolano (janeiro a dezembro), conforme revisão inscrita em outubro último no Orçamento Geral do Estado para 2019. Antes desta revisão em baixa, o Executivo previa uma inflação de 28,8% para todo o ano de 2018.
A responsável do INE salientou que, das 18 províncias angolanas, em dezembro, dez ficaram abaixo da média nacional (1,41%), com a de Luanda a atingir 1,51%, menos 0,12 pontos percentuais que em relação a novembro do mesmo ano.
Estes números, acrescentou, devem-se ao agravar dos preços, em termos nacionais, nas classes da Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (2,3%), Bens e Serviços (2,6%), Vestuário (2,01%) e Alimentação (1,53%).
Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) chegou a 41,12% e no ano seguinte desceu para 23,67%.
Nazaret Montero Núñez 4ºA